Sentado no ônibus
Observo a Maré
Onde de pedras
Tijolos
Cimento
E fé
Quantos dias
Quantas noites
Traficantes e trabalhadores
Moram na Maré
A sirene da ordem berra
Ecoa nos becos
Bates nos muros
Reflete nos urros
De dor
E sem voz
Essa Maré nunca é cheia
Vazia de tudo
É o que deixaram ser
Um contraste
Um conflito
Um complexo
da Maré
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