Variantes

sábado, 12 de abril de 2014

Estréia 1962 O ANO DO SAQUE


Sessões às 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19, 20h e 21h.
Com certificado para estudantes.
R$ 5,00 (todos pagam meia)

Em 1962 as forças conservadoras contra o presidente Jango criavam um clima instabilidade no país. Além da crise política faltava aos brasileiros produtos elementares como o arroz, açúcar e feijão. Em meio a este cenário aconteceu principalmente em Duque de Caxias um dos maiores saques populares que se tem notícia na história do Brasil no século XX.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Entrevistados do documentário 1962 O ANO DO SAQUE

Tivemos o prazer de em 2012, no ano que fez cinquenta anos do SAQUE popular que abalou a região fluminense, iniciar as filmagens do 1962 O ANO DO SAQUE, direção de Rodrigo Dutra e Godo Quincas.
Foi lindo pois criamos uma atmosfera para as entrevistas, ao invés de utilizar os espaços pessoais e fazer aquele modelo de entrevista de estante de livros preferimos levar nossos entrevistados para uma imersão, depois de ver os arquivos históricos da nossa pesquisa eles comentavam sobre aquilo que tinham visto, proporcionando uma relação direta entre as fontes.
Essa estratégia possibilitou quebrar o gelo da entrevista e demonstrar que aqueles que estavam ali são ao mesmo tempo atores e espectadores da história.


 Dona Jacira, falou das dificuldades com o transporte em Caxias, ressaltou a ação dos comerciantes que colocaram a bandeira do Brasil na porta dos estabelecimentos para não serem saqueados.


Dona Maria, disse que não foi vandalismo, foi o medo da FOME.


Getúlio Gonçalves, fez parte da TURMA DO ESCULACHO, herói ou demônio do SAQUE?


Professor José Cláudio disse que o SAQUE foi um dos momentos de construção dos grupos de extermínio e da idéia do matador como herói. 


O Jornalista Eldemar disse que o SAQUE começou no mercado São Vicente.


A Historiadora Marlucia Santos, disse que o congresso fez uma verdadeira armação e instituiu em fins de 1961 o parlamentarismo (que regeu todo o ano de 1962).



O artista Paulo Ramos, disse que não saqueou, mas que era possível ver, depois de alguns dias, pessoas comercializando os produtos da pilhagem.


O professor Rogério Torres que na época morava num edificio ali perto, vivenciou as vicissitudes do SAQUE de sua janela.


Paulo Ramos e Rogério Torres, dois personagens importantes para a história da Baixada Fluminense.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PNEUMOBIT

Travamento, superaquecimento, boot e suores noturnos
A vida inteira que poderia ter sido e que não foi
Converte, converte, converte

Mandou chamar o técnico:
-Diga Mac
-Windows, windows, windows.
-Respire.


-O senhor tem um nível muito alto de interrupção no kernel e uma mensagem de erro 0xA.
- Então, doutor, não é possível tentar o parallels?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.



Rodrigo Dutra

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

1.9.6.2 MOTIVOS PARA ESTAR NA PRAÇA DO PACIFICADOR


Cinquenta anos depois o documentário 1.9.6.2 O ANO DO SAQUE quer de volta o povo na rua.





Isso mesmo, aconteceu a cinquenta anos atrás um evento singular para a história de Duque de Caxias: o povo saiu as ruas e saqueou produtos alimentícios dos supermercardos, padarias e armazéns. O evento ficou conhecido popularmente de “Quebra-Quebra”.

O ano era de mil novecentos e sessenta e dois e existia uma tentativa de saque ao poder por parte das elites. Com a crise instalada no ano anterior pela renúncia de Jânio Quadros e a posse de João Goulart (Jango) o dilema politico do ano de 1962 era o confronto parlamentarismo-presidencialismo.

No dia que aconteceu o Saque havia também uma greve geral no país incentivada pelos sindicatos que eram pró-presidencialismo. Todo o sistema de transporte estava parado. De Duque de Caxias só existiam dois modos de se chegar a antiga Capital, ou pela linha do trem na Praça do Pacificador, ou pelo ponto de ônibus também na Praça do Pacificador.


Imagens do Filme
Com a greve todos os meios de transportes ficaram parados e o povo começou a aglomerar-se de madrugada na Praça e chegavam até lá a pé, de bicicleta ou de carroça.

A crise política gerava uma crise no abastecimento de alimentos, pois o preço dos produtos eram controlados pela COFAP (Comissão Federal de Abastecimento e Preço) e isso não agradava aos comerciantes.

Com fome, sem transporte e sem presidencialismo no dia 05 de Julho de 1962 o povo deu a resposta e saqueou tudo o que viu pela frente. Teriam acontecidos também saques em Niterói (dois dias antes), Braz de Pina, Ramos e claro em toda a Baixada Fluminense, mas nenhum com a proporção do Saque de Caxias que precisou da intervenção do Exécito para ser contido.

Passados meio século dessa história os diretores do filme, Rodrigo Dutra e Victor Ferreira, abrem as portas do Teatro Raul Cortez na Praça do Pacificador para ouvir o relato de pessoas que participaram do quebra-quebra ou que tenham ouvido falar do saque.

Entrevistados Eldemar Souza e Dona Maria.

“Venham todos por que será o retorno do povo ao palco principal do acontecimento. A cinco décadas eles vieram e saqueraram, agora eles retornam para relatar em primeira pessoa como foi o acontecido”, diz Dutra.

Para Victor Ferreira o filme 1.9.6.2 O ANO DO SAQUE vai seguir o mesmo caminho da parceria dos dois no O Vento Forte do Levante que contou a vida do poeta Solano Trindade: “nosso filme estará presente em todo país, acreditamos que hoje os festivais de cinema são as principais vitrines do documentário.”

Hoje a antiga praça é uma grande estrutura de concreto projetada por Oscar Niemeyer que abriga um dos mais modernos teatros do Brasil e a biblioteca Leonel de Moura Brizola.

Para participar e só ir até o Teatro Raul Cortez no Centro de Caxias dia 16 às 09 horas da manhã.




Equipe Reunida com os Entrevistados Getúlio Gonçalves e Zé Cláudio.

Serviço

-Teatro Raul Cortez, praça do Pacificador, centro, Duque de Caxias.
-Dia: 16/08/2012
-Horário: 09:00

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Coturnos e Bicicletas


Meu último filme feito coletivamente com Julia Barreto, Luisa Pitanga, Lívia Uchoa, Bárbra Moraes e Rodrigo Dutra.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Partindo para Maputo Moçambique

Estou agora no aeroporto internacional de Guarulhos indo para Maputo no Moçambique. Minha idéia é fazer um diário de bordo, compartilhando com amigos e amantes a aventura dessa viajem.
Apesar de pouco conhecimento histórico sobre o lugar, a África sempre me encantou. Na verdade faço parte da geração que não teve aula sobre a África, seja no ensino médio, seja na graduação a África sempre apareceu como apêndice da História Européia, então do ponto de vista curricular só vi/vemos a África na formação do hominídeo, na expansão marítima do século XVI e no Neocolonialismo do XIX. Nunca a África por ela mesma, com seus costumes, ritos e tradições, ou seja, a África despida do Ocidentalismo cristão que a escravizou e a subjulgou como parte menor planeta. Ainda bem que temos uma nova lei 10.6391 que obriga o ensino da história africana, mas a pergunta é: será que a lei está sendo cumprida, ou é mais uma "lei para inglês ver"?
Respondo com toda a propriedade de um professor de história: não! Por dois motivos, o primeiro pela falta de vontade políco-pedagógico das escolas e o segundo pelo desconhecimento dos professores que na maioria das vezes (e eu me incluo na lista) tem uma visão eurocêntrica do mundo. Ainda existe um terceiro aspecto: o preconceito. Sim, este velado. Imagine uma escola tradicional com algum nome de santo explicando na sala de aula a função social do Orixá, suas representações e antropomorfismo. É o diabo dirá o diretor/padre/pastor da referida escola.
Uma vez eu vi uma colega de literatura ser censurada numa escola pois na feira ela vestiu os alunos como cruzados e a escola que era (ou se dizia) protestante não permitiu que os alunos ficassem daquele modo. "É uma crítica!", argumentou a professora que mesmo assim teve que se virar para preparar outra apresentação. Imagina se eu levo uma "gira" de macumba para lá como laboratório histórico-antropológico, seria demitido.
O objetivo aqui não é ficar criticando apenas, na verdade nem ia escrever sobre isso, só ia falar que to sentado no chão gelado do aeroporto recarregando os apetrechos eletrônicos e que zarpo daqui a uma hora mais ou menos e chego em Johanesburgo às 07 da matina e pego outro voo, agora sim para Maputo, certo de que meu conhecimento de África está muito aquem do que eu gostaria.

IPC 1: Nesse exato momento acabo de saber que o embarque vai atrazar 40 minutos. Aff é São Paulo é Brasil.
IPC 2: Não vou corrigir o português por que eu estou com preguiça. Eventuais erros de grafia e escrita por favor desconsiderar.



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